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Limites, disciplina e liberdade em uma escola Montessori

É comum recebermos para visitar nossa Aldeia famílias que buscam uma escola Montessori em nome da tão propagada “liberdade” que entendem que a metodologia oferece. Propaganda certamente não entendida, pois vejo essas famílias pensarem que seus filhos vão poder fazer o que quiserem na escola. Uma contrapartida do que parecem encontrar nas escolas que consideram “tradicionais”, nas quais muitas vezes não conseguem lidar com tudo que a criança precisa dar conta…

Porém, não é bem assim…

Liberdade, para Maria Montessori, está diretamente relacionada à disciplina, ao respeito e à competência para fazer escolhas. Ela diz que “o homem é tanto mais livre quanto for sua capacidade de fazer escolhas”; devendo agir de maneira assertiva, pois precisa conhecer as regras que regem um espaço social e que regulam a ética; respeitar o espaço do outro e desenvolver, entre outras funções executivas, o controle inibitório, que permite o autocontrole.

Para as crianças, liberdade é um exercício de disciplina que se desenvolve no dia a dia.

Quer seja na escola ou em casa, ter pequenas responsabilidades que contribuam para o bem-estar comum; aprender a esperar sua vez ou cedê-la ao outro; perceber que os outros também têm vontades e direitos que precisam ser respeitados e que nem sempre a vontade pessoal pode prevalecer.
Conquistar a liberdade é um processo que cada criança tem o direito de desenvolver com o apoio dos adultos. “A liberdade, do ponto de vista Montessori, também está relacionada ao direito de ser criança e de poder brincar. Isso porque brincadeira é trabalho de criança, de merecer do adulto as oportunidades de ajuda necessárias para que possa desenvolver seu potencial; descobrir seus talentos; ser respeitado em seu ritmo de desenvolvimento.”

As conquistas só vêm com a consciência do seu espaço e do espaço do outro; dos seus direitos e dos direitos dos outros; das suas responsabilidades e das responsabilidades dos outros, um processo de construção de limites.


Digo sempre que a disciplina da escola Montessori é fruto do exercício interno de cada criança, com o apoio dos adultos, no seu tempo e no seu ritmo.

Por isso, pode ser vista às vezes como a mais rígida, já que cada criança vai descobrindo, nas relações cotidianas, seu espaço de ação e o uso dele a torna livre – são suas escolhas a cada momento que vão ampliando.

Algumas crianças, considerando o princípio da equidade, forte característica numa escola Montessori, precisam de mais auxílio que outras. Aqui a ajuda que procuramos dar é na medida em que cada uma precisa.
Assim, caminhamos com as famílias para ajudar cada criança a desenvolver melhor seu potencial e constituir-se num indivíduo capaz de exercer e usufruir plenamente sua liberdade de “ser humano” – essa é nossa prática pedagógica.


O ambiente preparado de uma escola Montessori autêntica, com uma equipe em constante aprimoramento e famílias parceiras, as quais buscam os mesmos resultados e compartilham os mesmos valores, é sem dúvida o facilitador desse processo.

No cotidiano da escola e da família, os processos que se desenvolvem na infância são exercitados, descobrindo regras que podem ser questionadas; reconstruí-las se necessário; construindo com as crianças as percepções dos limites que levam naturalmente à edificação da disciplina e de um convívio social amável, no qual o respeito e a ética estão presentes. Para nós, esse é o verdadeiro sentido da palavra “liberdade”.

Márcia Righetti é educadora, fundadora e diretora pedagógica da Aldeia Montessori.

O Processo de Alfabetizacao o caminho da crianca do real ao ortografico

O Processo de Alfabetização: o caminho da criança do real ao ortográfico

O processo de alfabetização é por vezes uma grande preocupação dos pais; assim como é o vestibular, a busca pelo primeiro emprego ou foi o aprender a andar, a falar; ou seja, cada acontecimento que marca uma nova etapa a ser vencida no desenvolvimento natural dos filhos.

Na metodologia Montessori, ele se inicia no Berçário (Nido 1) e segue por todas as classes da Educação Infantil, até concretizar-se no 1º ano e aperfeiçoar-se no 3º ano do Ensino Fundamental, quando a criança completa sua fase de letramento.

Todo este processo é muitas vezes despercebido pelos pais, que enfatizam a etapa da explosão da alfabetização, principalmente do interesse por escrita e leitura, geralmente se dá por volta dos 5 ou 6 anos.

Entretanto, cada etapa desse percurso tem grande importância para as crianças.

Elas correspondem, como costumo dizer, à bagagem com que cada criança enche seu “baú de conhecimentos”; o qual, na época da formalização do processo de alfabetização, ela arruma, dando significado a tudo que colocou lá dentro.

Maria Montessori percebeu características especiais nos seres humanos, as quais tornam a criança capaz de determinadas aprendizagens em períodos específicos da sua vida; refere-se a essas capacidades temporárias como “períodos sensíveis para o aprendizado”. Aos poucos a criança decodifica o mundo, descobre a realidade à sua volta, nomeia objetos, atribui qualidades, conta, enumera, aprimora e amplia seu vocabulário.

É dessa forma que Montessori considera o processo de alfabetização: o caminho das representações do mundo que a criança faz, do real ao ortográfico. Um caminho que tem como “estrada“ o desenvolvimento natural da criança.

Pela metodologia Montessori, a criança constrói seu processo descobrindo que tudo o que vê ou sente pode ser representado; então, desenha e posteriormente escreve, aprendendo a usar a ferramenta da escrita: as letras.

As primeiras escritas são como desenho, palavras desenhadas, mas têm significado! Representam a leitura do mundo e permitem a comunicação. A escrita reflete o resultado de um processo de análise que a criança desenvolve para perceber como a sociedade usa “sinaizinhos”, as letras, para registrar mensagens. Depois, mais uma conquista: a leitura, que implica novamente decodificar os tais “sinaizinhos”.

Escrita e leitura são momentos diferentes de um processo da alfabetização que, na natureza humana, podem acontecer em ordem direta ou inversa; e cada criança tem seu tempo próprio para percorrer esse caminho.

Numa sala Montessori, os materiais de desenvolvimento apoiam esse processo natural. Lá, a criança manuseia as caixas de reconhecimento, as letras de lixa, os alfabetários, os cartões classificados de nomenclaturas, as caixas de leitura e realiza atividades que estruturam suas descobertas.

E quando a criança “explode” na escrita, muitas vezes esse processo não é compreendido pelos pais, pois o produto que apresenta não é comparável ao dos outros métodos.

Nestes, as crianças podem estar formando palavras com sequência de letras determinadas pelos adultos, que limitam o vocabulário e as possibilidades da escrita, mas que, de qualquer forma, estão todas “escritas” numa folha ou caderno, visíveis aos olhos dos pais.

Com o ambiente preparado de uma escola Montessori, muitas crianças por volta dos 5 anos já são capazes de escrever e ler – e isso foi resultado de atividades espontâneas e prazerosas!

Cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, cada uma é um ser único. Muitas falaram mais tarde, outras andaram mais cedo, mas todas “devem” aprender a ler e escrever obedecendo a uma cronologia rígida…

Quando uma criança anda mais tarde, incentivamos, afirmando: “está quase andando”. Se fala mais tarde, também estimulamos, provocando a fala. Mas quando a criança não escreve nem lê como outras da mesma idade, cobramos e muitas vezes nos esquecemos de estimular, de incentivar e de compartilhar oportunidades de construção que certamente poderão gerar o apoio do qual precisa para vencer aquela etapa natural em seu processo de desenvolvimento.

Para uma criança, ser cobrada daquilo para o qual ainda não está pronta pode ocasionar resultados contrários ao que espera a família, gerando insegurança.

É preciso um olhar cuidadoso no processo de desenvolvimento da criança: é ele que assegura o produto.

Uma criança que atravessa a Educação Infantil demonstrando comportamentos adequados diante das relações que estabelece, da construção do conhecimento, do desenvolvimento psicomotor e da construção de valores certamente não terá dificuldade em apresentar um produto adequado ao final desse processo.

Por volta dos 5 ou 6 anos estará usando a linguagem escrita como forma de comunicação, nível que Montessori aponta como conclusivo dessa etapa do processo.

Ajudar a criança a construir-se é o papel dos adultos, de todos os adultos com quem convive, seja na escola ou em casa. Formar hábitos; nutrir a curiosidade da criança; construir vínculos com o descobrir e o aprender; desenvolver habilidades; ampliar a compreensão do mundo, atribuindo significado a tudo que a cerca e construir o conhecimento são caminhos que a criança necessita percorrer plenamente.

Cada etapa precisa ser acompanhada de forma cuidadosa durante a Educação Infantil. É claro que as crianças são ainda pequenas… Mas precisam ter asseguradas as oportunidades necessárias, com intervenções que cabem aos adultos: zelar para que construam valores socialmente apropriados e que possam desenvolver a autoestima; a segurança; a iniciativa e efetivar vínculos prazerosos com a construção de saberes.

Acreditamos que assim, poderão levar a termo, de forma natural e plena, todas as possibilidades de aprendizagem e efetivar a conquista da leitura e da escrita, assim como andaram e falaram.

Márcia Righetti é educadora, fundadora e diretora pedagógica da Aldeia Montessori.

Conhecendo o curriculo das classes do Nido, na Aldeia Montessori

Conhecendo o currículo das classes do Nido, na Aldeia Montessori

A escola de zero a três anos constitui uma das primeiras experiências da criança num sistema organizado, exterior ao seu círculo familiar, onde será integrada e desenvolverá determinadas competências e capacidades.

O entendimento antigo de que o principal objetivo da creche (denominação do segmento de zero a dois anos e 11 meses, de acordo com a legislação brasileira) é a guarda da criança, assegurando sua saúde e alimentação. Nos dias atuais, esse objetivo está sendo complementado por uma ênfase na educação.

O conceito “educare”, que hoje caracteriza o atendimento às crianças de zero a três anos, traduz a ideia de unir as questões de educação (“edu”) aos cuidados maternos (“care”) .

Sabemos que as experiências das crianças em seus primeiros anos de vida estão muito relacionadas à qualidade dos cuidados que recebem; portanto, o ambiente da creche deve se caracterizar como um ambiente acolhedor e preparado para as aprendizagens próprias dessa faixa etária.

Um dos princípios de uma escola Montessori é ter seus ambientes estruturados de acordo com o grupo que recebe; preparando-o de uma forma que nutra a curiosidade da criança e estimule aprendizagens nas diferentes áreas.

No que diz respeito ao ambiente do Nido Montessori (Nido 1 e Nido 2), os critérios de organização são essencialmente os focos nas áreas do desenvolvimento motor e do desenvolvimento da linguagem; e paralelamente, as oportunidades de ação que favoreçam o desenvolvimento emocional.

Nos aspectos do desenvolvimento motor: conquista de movimentos como sentar-se; engatinhar; andar; arremessar; chutar; empurrar; puxar; desenvolvimento da preensão palmar e depois da pequena pega da família, entre outros.

Na vida prática: desenvolvimento dos movimentos para segurar a mamadeira; beber água no copo com ou sem tampa; comer com ajuda, desenvolvendo a mastigação (desde a introdução dos alimentos sólidos até comer a comida comum), ou comer sozinho; colaborar no banho e na troca de roupa, até ser capaz de tirar os sapatos e as meias e depois despir-se e vestir-se, entre outros cuidados pessoais; enfim, são atitudes que a criança vai desenvolvendo para conquistar a independência.

Consideramos como subitens da área da vida prática, com suas características voltadas para os aspectos emocionais, as lições de graça e de cortesia, como cumprimentar; desculpar-se; usar expressões como “dá licença; por favor; obrigada”.

À medida que descobre a si mesma e o espaço do outro, a criança vai exercitando as relações de respeito e de comportamento social apropriado.

No aspecto sensorial: oportunidades para experimentar e explorar diferentes estímulos sensoriais visuais, olfativos, táteis, auditivos e gustativos; a fim de formar conceitos sobre eles a partir de vivências e de experimentações no cotidiano.

Na construção da linguagem articulada: muitas oportunidades para aprender os nomes dos elementos e das pessoas do ambiente, diária e rotineiramente; a fim de que cada uma possa ir gradativamente se apropriando do uso da língua — sem dúvida um grande marco nesse período.

Um ambiente físico ordenado estabelece as bases de uma mente ordenada. Se crianças encontram as coisas no mesmo lugar dia após dia, elas aprendem a reconhecer a que lugar elas pertencem. Em tal ambiente, as crianças crescem confiantes na sua capacidade de ação, pois conhecem e memorizam os recursos do seu espaço; ampliando e aprofundando suas explorações. Tornam-se, então, confiantes de sua própria capacidade intelectual.

Fundamental é, nessa etapa, oferecer vivências da “ordem”, pois é aí que acontece o período sensível para desenvolvê-la no ambiente. Cada material fica disposto em cestinhas e tem seu lugar. A criança observa o movimento do adulto guardando cada coisa em seu lugar, guardando os objetos após usá-los e vai, gradativamente, percebendo a necessidade da ordem.

A criança de zero a seis anos precisa de ordem em sua vida; porém, é a criança de dois anos que se mostra extremamente sensível e receptiva à percepção da ordem e é a ordem externa que vai ajudá-la a construir sua ordem interna e entender a ordem do mundo, construindo sua autoconfiança e competência.

Todos esses fatores serão a linha guia para que nossas crianças também se desenvolvam nos aspectos emocionais.

O ambiente estruturado à maneira Montessori com bases científicas, atendendo ao desenvolvimento da faixa etária que abriga, disponibiliza nos objetos, os quais chamamos de materiais de desenvolvimento, os aspectos do currículo das classes de zero a 17 meses e de 18 a 36 meses.

Falar de currículo é falar de princípios essenciais, valores, finalidades, processos e práticas que formam a base de tudo que sucede em um determinado contexto educativo.

Assim, o currículo para crianças de zero a três anos na escola Montessori abrange uma vasta gama de opções de aprendizagem, experimentação e oportunidades ilimitadas de exploração; pois, nessa etapa de vida, a criança absorve como “uma esponjinha”, por meio dos sentidos, os estímulos do ambiente.

É igualmente importante que tenham oportunidades de “fazerem por elas mesmas” num ambiente seguro e protetor, exercitando a independência, o sentido de ordem, a concentração; desenvolvendo a autoestima, a autoconfiança, a capacidade de fazerem escolhas, de se comunicarem com propriedade e de se movimentarem com destreza cada vez maior.

Ah! E viver a cultura é fundamental para que a criança vá se inserindo no momento que vive, no lugar que vive, ocupando com propriedade cada vez mais crescente o lugar que lhe pertence no mundo.

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Por Roberta Righetti, diretora da Unidade II, da Aldeia Montessori; especialista em Educação Montessori (Centro de Estudos Montessori do Rio de Janeiro), pós-graduada em Educação Infantil (PUC. Rio)

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Referência Bibliográfica:

Montessori, Maria – Mente absorvente,  A Criança, Formação do Homem

 Equipe do Nido Montessori da Aldeia –  Currículo para o Nido Montessori

Educacao Cosmica um diferencial do Sistema Montessori

Educação Cósmica: um diferencial do Sistema Montessori

Uma vez que foi necessário dar tanto à criança, deixe-nos dar-lhe uma visão de todo o Universo. O Universo é uma realidade imponente e uma resposta a todas as perguntas… Todas as coisas fazem parte do Universo e estão conectadas umas com as outras para formar uma unidade inteira. A ideia ajuda a mente da criança a se tornar focada, a parar de andar em uma busca sem rumo ao conhecimento. Ela está satisfeita por ter encontrado o centro universal de si mesma com todas as coisas.”

– Maria Montessori – “Para educar o potencial humano”

Essa é a ideia básica da Educação Cósmica, sob o enfoque de Maria Montessori.

Cósmica significa abrangente, holística e com propósitos. “Educação Cósmica” difere da Educação Tradicional, pois tem como objetivo ir além da aquisição de conhecimento e do desenvolvimento de uma criança ou de um adolescente.

Para Montessori, crianças que recebem uma Educação Cósmica têm uma compreensão mais clara do mundo natural e, também, delas próprias.

Ela acreditava que crianças que recebessem uma Educação Cósmica na infância estariam mais bem preparadas para entrarem na adolescência como indivíduos independentes; confiantes; responsáveis; emocionalmente inteligentes e equilibrados em realizações físicas, intelectuais e sociais.

Também estarão preparadas para tomar decisões responsáveis e agir sobre os adultos de forma responsável — a fim de reconhecer os limites: dar, pedir e receber ajuda, conforme necessário.

Para entender melhor a base para a Educação Cósmica, é necessário compreender a visão de Montessori sobre o desenvolvimento humano.

Ela acreditava que o mundo era um lugar altamente ordenado e proposital; que a guerra e a pobreza, a ignorância e a injustiça eram desvios desse efeito.

Acreditava também que o caminho de volta para a harmonia e a ordem ocorreria por meio das crianças.

Acreditava ainda que havia duas coisas necessárias para desenvolver a relação pacífica dos seres humanos:

  1. a consciência da interdependência e
  2. o sentimento de gratidão que vem dessa consciência.

Abordando os temas do conhecimento do mundo de uma forma holística, as crianças que recebem essas lições aprendem a ser gratas às gerações anteriores, compreendendo que elas podem se beneficiar de seus conhecimentos.

As crianças aprendem Ciências, História e Geografia, transitando entre todos os elementos e forças da Natureza. As plantas, os animais (existentes e extintos), as rochas, os oceanos, as florestas — mesmo as moléculas e as partículas atômicas.

A história do mundo e da humanidade é apresentada a partir dos 6 (seis) anos, dando a cada criança a possibilidade de ir percebendo o “trabalho” do homem em sua existência e o percurso de sua vida no planeta.

Ao invés de ensinar o currículo por áreas, abstrata e desconectadamente; as grandes lições oferecem uma visão abrangente das diversas disciplinas combinadas, da mesma forma que estão conectados os acontecimentos sobre a história da Terra e dos homens. Assim, as crianças são capazes de desenhar conexões do mesmo jeito que a narrativa se desenrola, naturalmente,  do todo à parte e vice-versa.

Acima de tudo, a Educação Cósmica apresenta o Universo e suas interconexões.

O saber transita por todas as áreas e, no estudo da história e da cultura, pretende ir além do superficial, do racial ou das diferenças culturais a fim de mostrar como todos os seres humanos são movidos pelo mesmo conjunto de necessidades fundamentais que os tornam semelhantes e que constituem a raça humana.

Conheca os diferenciais de uma educacao autentica Montessori

Você sabe o que uma classe Montessori oferece?

Um currículo pré-escolar se destina a desenvolver habilidades para melhorar nas crianças o desenvolvimento das funções executivas. Isso é o que a doutora em neurociência cognitiva canadense Adele Diamond vem comprovando.

Nesse sentido, por meio de seu trabalho, ela nos diz que o uso destas habilidades funciona melhor que o QI, antes tão privilegiado como ingrediente do sucesso profissional.

As funções executivas referem-se à capacidade de autocontrole, disciplina, flexibilidade, criatividade. Além disso, indivíduos com altos níveis de funções executivas têm aumentado período de concentração e de memória de trabalho. Portanto, eles são capazes de resolver problemas complexos através da implementação do raciocínio e bons conhecimentos de planejamento, raramente se deixando levar por impulsividade ou falta de persistência.

E a classe Montessori?

O desenvolvimento destas habilidades é privilegiado em uma classe Montessori; isso porque esse é um ambiente estruturado de maneira que a criança viva situações de exercitar seu autocontrole ao precisar esperar pelo uso de um material.

No cotidiano é comum observarmos uma criança “planejar“ o uso de determinado material depois que o amigo acabar de usar.

Por fim, por escolher livremente sua tarefa e no uso do material de diferentes maneiras, a criatividade e a flexibilidade são exercitadas neste ambiente rico de descobertas que é uma classe Montessori.

Por fim, é possível dizer notável no ambiente típico de uma escola Montessori autentica a presença dos instrumentos de trabalho conhecidos como “materiais de desenvolvimento”; mas estes, na verdade, vão além do só permitir a construção de conhecimentos, pois permitem exercícios de formação interior que se manifestam melhor uso das funções executivas.

Bibliografia:

Diamond, Adele e Lee, Kathleen – Science, 2011, 959/964

Que tal nos fazer uma visita? Temos 3 unidades:

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