Educação Cósmica: um diferencial do Sistema Montessori

Uma vez que foi necessário dar tanto à criança, deixe-nos dar-lhe uma visão de todo o Universo. O Universo é uma realidade imponente e uma resposta a todas as perguntas… Todas as coisas fazem parte do Universo e estão conectadas umas com as outras para formar uma unidade inteira. A ideia ajuda a mente da criança a se tornar focada, a parar de andar em uma busca sem rumo ao conhecimento. Ela está satisfeita por ter encontrado o centro universal de si mesma com todas as coisas.”

– Maria Montessori – “Para educar o potencial humano”

Essa é a ideia básica da Educação Cósmica, sob o enfoque de Maria Montessori.

Cósmica significa abrangente, holística e com propósitos. “Educação Cósmica” difere da Educação Tradicional, pois tem como objetivo ir além da aquisição de conhecimento e do desenvolvimento de uma criança ou de um adolescente.

Para Montessori, crianças que recebem uma Educação Cósmica têm uma compreensão mais clara do mundo natural e, também, delas próprias.

Ela acreditava que crianças que recebessem uma Educação Cósmica na infância estariam mais bem preparadas para entrarem na adolescência como indivíduos independentes; confiantes; responsáveis; emocionalmente inteligentes e equilibrados em realizações físicas, intelectuais e sociais.

Também estarão preparadas para tomar decisões responsáveis e agir sobre os adultos de forma responsável — a fim de reconhecer os limites: dar, pedir e receber ajuda, conforme necessário.

Para entender melhor a base para a Educação Cósmica, é necessário compreender a visão de Montessori sobre o desenvolvimento humano.

Ela acreditava que o mundo era um lugar altamente ordenado e proposital; que a guerra e a pobreza, a ignorância e a injustiça eram desvios desse efeito.

Acreditava também que o caminho de volta para a harmonia e a ordem ocorreria por meio das crianças.

Acreditava ainda que havia duas coisas necessárias para desenvolver a relação pacífica dos seres humanos:

  1. a consciência da interdependência e
  2. o sentimento de gratidão que vem dessa consciência.

Abordando os temas do conhecimento do mundo de uma forma holística, as crianças que recebem essas lições aprendem a ser gratas às gerações anteriores, compreendendo que elas podem se beneficiar de seus conhecimentos.

As crianças aprendem Ciências, História e Geografia, transitando entre todos os elementos e forças da Natureza. As plantas, os animais (existentes e extintos), as rochas, os oceanos, as florestas — mesmo as moléculas e as partículas atômicas.

A história do mundo e da humanidade é apresentada a partir dos 6 (seis) anos, dando a cada criança a possibilidade de ir percebendo o “trabalho” do homem em sua existência e o percurso de sua vida no planeta.

Ao invés de ensinar o currículo por áreas, abstrata e desconectadamente; as grandes lições oferecem uma visão abrangente das diversas disciplinas combinadas, da mesma forma que estão conectados os acontecimentos sobre a história da Terra e dos homens. Assim, as crianças são capazes de desenhar conexões do mesmo jeito que a narrativa se desenrola, naturalmente,  do todo à parte e vice-versa.

Acima de tudo, a Educação Cósmica apresenta o Universo e suas interconexões.

O saber transita por todas as áreas e, no estudo da história e da cultura, pretende ir além do superficial, do racial ou das diferenças culturais a fim de mostrar como todos os seres humanos são movidos pelo mesmo conjunto de necessidades fundamentais que os tornam semelhantes e que constituem a raça humana.

Conhecendo o desenvolvimento das crianças: uma ajuda aos pais

Um dos impulsos mais fortes da criança é o desejo de independência

Toda criança precisa de ajuda e de guia de um adulto, mas num determinado tempo demonstra um grande desejo de ser independente, isto é de fazer as coisas que é capaz a realizar sozinha. Então é hora de dar um passo atrás e permitir o espaço do exercício, cuidar da segurança, do respeito ao ritmo da criança e lembrar que sozinho de criança é diferente de sozinho de adulto! Lembrar também que para a criança o importante é o processo e que somente mais tarde ela conseguirá  o “produto “, que depende de habilidades que está desenvolvendo.

A criança pequena é muito sensível.

Ela ainda não aprendeu a controlar seus sentimentos como faz um adulto. Percebe as coisas de um modo muito direto e forte que muitas vezes não sabe ainda exprimir. Se alguma coisa a incomoda pode exprimir-se com comportamentos desordenados que parecem às vezes destrutivos ou agressivos. Esteja atento para dar a ajuda que ela precisa, criando condições para que ela possa  acalmar-se e construir comportamentos  apropriados. Seja paciente e perseverante.

A  criança aprende fazendo.

O adulto pode aprender certas coisas lendo, buscando informações, mas a criança aprende quase tudo fazendo. Ela está desenvolvendo seu corpo e sua mente e o faz, usando-os.

A criança tem um forte senso de ordem.

É necessário viver num ambiente onde cada coisa tem seu lugar. É necessário que a sua vida tenha uma rotina apropriada que dê ordem ao seu cotidiano. Isso é importante porque a criança pequena pode ser profundamente perturbada pela desordem, mostrando-se inquieta, insegura, agressiva e por vezes chorar sem compreender as causas dos próprios sentimentos.

Cabe aos adultos prover um ambiente com rotinas e boa organização para que a criança possa construir sua ordem interna.

A criança pequena prefere o trabalho a um jogo.

Mesmo diante da possibilidade de escolher, a criança prefere fazer um trabalho “de verdade” como limpar, cuidar das plantas…
Isso acontece pois as crianças têm um profundo amor pelo trabalho e desejam participar do mundo dos adultos desenvolvendo competências significativas e necessárias. Desejam fazer parte da vida familiar e contribuir com o seu trabalho.

O que mais interessa a uma criança é o processo de fazer as coisas.

Diante do produto final, a criança é certamente feliz porque sente que é reconhecida por realizar algo; mas aquilo que lhe dá realmente prazer é o fazer, é o processo!
A preocupação com o produto, com o resultado futuro, que é característica do adulto, não é importante para a criança. Ela está completamente absorvida por aquilo que faz no momento presente.

A sua criança aprende, principalmente, através da imitação dos adultos com os quais convive.

Os pais são os modelos que as crianças imitam para aprenderem a agir como os adultos, são suas ações que mais importância têm nas construções afetivas e cognitivas que a criança faz.

O seu comportamento é muito semelhante àquele de quem venera um ídolo.

Ela copia ações e comportamentos dos adultos e guarda muito do que vê para em seguida, usar em ocasiões que julga apropriadas.

O ritmo natural de seu filho é muito mais lento que o seu.

Crianças não têm o senso de tempo que têm os adultos, as coisas não lhe parecem urgentes como para nós. Eles não fazem ainda projetos para o futuro como os adultos. As crianças vivem o presente.

O elogio e o encorajamento sincero da parte dos adultos fazem a criança sentir-se satisfeita consigo própria.

Provando um senso de valor pessoal, motivando-se para prosseguir no seu esforço para aprender.

À criança não serve uma grande quantidade de louros ou de palavras entusiásticas, estas podem perder-se sem significado. Poucas palavras, plenas de calor, um gesto de apreciação e confiança no seu esforço e pelas suas qualidades pessoais são muito importantes para ela.

O método Montessori pode contribuir de muitos modos para o crescimento de seu filho:

Muitas características das crianças  foram observadas por Maria Montessori. O sistema de educação por ela criado é concebido especificamente para ir de encontro  às necessidades fundamentais das crianças.

O método Montessori compreende  inúmeros e diversos aspectos, por isto uma professora Montessori com boa capacitação é alguém que estuda e trabalha muito. Mas as idéias e conceitos básicos podem ser facilmente compreendidos por todos .

Maria Montessori tinha um conhecimento excepcional das crianças

Nascida em Chiaravale, província de Ancona, na Itália em 1870, foi a primeira mulher médica da Itália. Inicialmente trabalhou com crianças com necessidades especiais e muito pobres.

Partindo da observação  e da experimentação direta, a Dra. Montessori criou um sistema   educativo que ajudou tais crianças a aprenderem tanto quanto as crianças “normais”, muitas vezes colocando-as em situações de vantagem.
O método idealizado por Maria Montessori tem hoje reconhecimento mundial e vem sendo aplicado em escolas de muitos países.

No Método Montessori há três pontos  essenciais: a criança , o ambiente e a professora:

No centro de qualquer sistema educativo deve estar  a criança, afinal ela é protagonista da sua história, como também apontam os teóricos modernos. O método Montessori se baseia por inteiro sobre a observação  e sobre o conhecimento da criança, como ela é realmente e não como os adultos imaginam que poderá ser ou deverá ser.

Paralelamente, Maria Montessori idealizou um ambiente completo, estruturado com a finalidade de ajudar a criança a desenvolver-se enquanto ser humano completo.

No que compete à professora, ela desenvolve  atividades de observação da criança de modo que a partir dos dados que colhe, estimule o potencial da criança. Por isto preferimos o termo Orientadora de classe ao de professora, pois orientar a criança no seu trabalho  de auto-construção é o seu verdadeiro papel.

Montessori vê sua criança como ela realmente é:

O Método Montessori permite a seu filho aprender de modo que faça melhor e mais facilmente as coisas.

Dentro de certos limites, quando o seu filho pode escolher o trabalho  que corresponde aos seus interesses, pode exercitar o senso de liberdade e espontaneidade , prova o entusiasmo por aprender pois está fazendo aquilo que deseja e não o que os outros determinam ou cobram.

Gradativamente a criança desenvolve o senso de independência e confiança em si própria , uma vez que sua capacidade de ação no ambiente, quando devidamente estimulada e respeitada pelo adulto, vai aumentando.

O Sistema Montessori de Educação se baseia no desejo natural que a  criança  tem de aprender e que deve acompanhar as pessoas ao longo de suas vidas. Ajuda a criança  no seu crescimento e desenvolvimento natural , evitando provocar constrangimentos por levar a criança a fazer  coisas para as quais não está pronta .

O ambiente Montessori

Um ambiente preparado é o que oferece uma Escola Montessori, adequado a cada grupo, apropriado para o desenvolvimento de um currículo, na medida para as possibilidades motoras , emocionais ou cognitivas das crianças de cada classe.

São  materiais adequados à criança, classificados, precisos. Por sua própria utilização corrigem a criança quando são usados de forma inadequada  pois apresentam o controle do erro.

Deste modo  a criança prescinde da presença do adulto sinalizando-lhe o erro e busca a assertividade pelo uso do material. Tal atuação favorece consideravelmente a auto-estima da criança, pois o que é enfatizado é a busca da assertividade, sendo o erro vivenciado não como o fracasso, mas como o caminho para a construção do conhecimento.

Na escola Montessori a criança  aprende a trabalhar sozinha e com os outros. Em geral a escolha da forma de trabalhar é feita por ela. Aprende a seguir as regras do grupo  com a classe e faz ainda, a medida que cresce, com que outras criança possam aprendê-las com ela; numa troca constante de papéis que fortalece as relações sociais e estimula a criatividade.

No momento em que se mostra capaz de  escolher seu próprio trabalho e executá-lo a seu tempo, levando-o  a termo, há muitas oportunidades de exercitar-se.

A classe Montessori não é competitiva. No trabalho cotidiano a criança é estimulada a desenvolver o melhor de si própria, num aprimoramento continuo.

A classe Montessori é um lugar agradável no qual seu filho descobre seu modo de construir seu corpo e sua mente, tendo a orientadora como guia atenta para proporcionar-lhe os estímulos necessários, preparando o ambiente e atividades que possam  favorecer a  construção  de cada criança.

Ajudando seu filho a crescer e  conquistar a independência

Observe as roupas do seu filho para que ele possa vestir-se ou despir-se sozinho.

No quarto da criança, nos demais ambiente da casa …

Use objetos no tamanho apropriado da criança:

Nos outros locais da casa destine à sua criança um espaço para os seus objetos pessoais onde possa usá-los de forma independente: sua escova e pasta de dentes; o copo para beber água, o recipiente do qual pode servir-se de água na geladeira.

Estimule seu filho a manter limpo e ordenado o seu quarto. Dê-lhe “instrumentos” para fazê-lo: um pano, uma esponja de modo possa ele mesmo “limpar” o ambiente.

Atividades com adultos

Bibliografia:

Malloy, Terry – “Montessori e il vostro bambino, un manuale per i genitori traduzido para o italiano por Elena Dompè, Edizione Opera Nazionale Montessori, Roma, 1999.

Ambiente que ensina: saiba mais sobre a vivência montessoriana

 Já faz tempo, um dia veio escrito, numa caderneta, um relato de um menininho de uma de nossas classes. Era o relato da conversa que tivera com a mãe ao chegar em casa. Esta, interessada com o que fazia o filho no ambiente escolar, queria sempre saber o que ele havia aprendido…

– Filho, diz a mãe, o que foi que a sua professora ensinou hoje na escola?

E ele, muito seguro e feliz responde:

– Ô, mãe! Você ainda não sabe que na minha escola não é a professora que ensina, é a “sala”!

Aquele menininho havia captado a essência de um ambiente que ensina, onde a figura do professor é aquela do que “faz o meio de campo”, mostrando como se usa um ou outro material apontando novos caminhos; mas ele teve consciência que era com  cada material que  fazia descobertas e aprendia, e como eram tantos resumiu-os numa palavra: a sala.
Nunca esqueci esta fala, vinda da natureza espontânea da criança, para tornar claro para a mãe uma coisa que ele sentia e vivia sem dúvidas.

Para pais, que sem a vivência montessoriana formam padrões escolares a partir de suas próprias experiências nas escolas ortodoxas; a simplicidade da descoberta do menininho é uma conquista que custa a chegar, na maioria das vezes.

Como entender e acreditar neste trabalho maravilhoso que a criança desenvolve com os materiais montessorianos, se ele não segue nos parâmetros conhecidos? Escola é lugar de escrever, de registrar no papel… Será isto verdade absoluta?

Eu acredito que escola é lugar de construir na mente possibilidades para resolver questões, que nem sempre estão nos papéis. Ou melhor, na maioria das vezes estão nas situações que vivemos, com coisas que fazemos, na vida.

Escola deve ser o lugar em que exercitamos melhores condições para viver a vida!

O material criado por Montessori tem papel significativo em sua proposta pedagógica, pois pressupõem a descoberta e assimilação de conceitos através da manipulação de objetos especialmente preparados para esta finalidade.

Eles estão em cada ambiente,  dispostos numa ordem que serve de guia natural para a criança. Não são um caminho definido, mas uma estrada que permite muitas derivações…

A criança usa o material individualmente ou em grupo, à medida de suas necessidades e possibilidades. Os professores são auxiliares de aprendizagem. Eles mostram à criança onde encontram o material, como podem começar a utilizá-lo e como guardá-lo após o uso.

É no trabalho com cada material que escolhe que reside um dos segredos do sucesso. Quando a criança escolhe o que tem vontade de conhecer, sua curiosidade natural é aguçada e nutrida. São inicialmente estes aspectos que evocam a concentração; que vai se instalando, para que gradativamente possa realizar trabalhos maiores e maiores e maiores…

A livre escolha das atividades pela criança é um aspecto fundamental para que exista a concentração e para que a atividade seja formadora e criativa.

A manipulação dos materiais vai de encontro a necessidade natural de movimento que têm as crianças.

Materiais de desenvolvimento são tão especiais que permitem que as crianças o utilizem por vários anos e continuem a fazer descobertas.

Todos certamente conhecem ou já ouviram falar da Torre Rosa e ela será o nosso ponto de partida para o caminho que queremos percorrer.

A Torre Rosa é um material de desenvolvimento que serve a educação dos sentidos; mais especificamente à educação do sentido visual quanto às dimensões.

Sua primeira apresentação ocorre geralmente, por volta de 2 anos, 2 anos e meio, depois de se exercitar com um material anterior na habilidade de empilhar cubos. A apresentação à criança pode ocorrer pela professora ou por um amiguinho mais velho.

Então a criança pequena vai aprendendo a empilhar os cubos numa ordem de tamanho, percebendo diferenças e semelhanças no próprio material. Quando não o faz corretamente, isto é o controle do erro, ninguém precisa falar nada. O material fala! E se a criança não percebe o erro, é ainda não está suficientemente madura para percebê-lo.

Assim, ela vai perceber que os cubos podem ser empilhados, postos lado a lado, usa a gradação de tamanhos  do maior para o menor, do menor para o menor, compara o cubo maior com o menor, aprende a nomenclatura grande e pequeno, maior que, menor que… Descobre que os cubos variam entre si na mesma medida. Que passa o cubinho do um na lateral de cada outro, quando feita a torre pela aresta… E experimenta possibilidades geométricas e matemáticas que sua mente absorvente vai  registrando até formar conceitos… A mente é absorvente até por volta dos 6 anos.

É assim que acontece com cada material, cada um dele “diz” uma coisa, que se junta a de outro… A de outro…  A de outro, até compreender as coisas do mundo.

O papel do professor é dar lições de nomenclatura, pois linguagem é coisa a cultura que passa de uma geração para outra, estar atento par instigar para novos caminhos, estendo a mão e criando pontes…

– Este é o grande! Este é o pequeno!

– Aqui temos o um, este outro é o mil!

– Isto é a aresta!

– Isto é o vértice!

E por aí vai….

E depois?

Quando o menininho cresce, crescem suas possibilidades de escolher e fazer seu trabalho com os materiais de desenvolvimento na classe Montessori, pois ele já desenvolveu uma série de habilidades que facilitam sua autonomia na escola. Mas se chega novo numa escola Montessori, aos  pouco também se adapta, se respeitarmos seu tempo e permitirmos suas descobertas.

Nesse sentido, é preciso que nos lembremos que a habilidade que desenvolveu foi a de seguir o mestre e agora vai ter a oportunidade de descobrir que tem um mestre interior, aos poucos vai desabrochar e é interessante observar seu percurso: primeiro atua observando o movimento da classe; depois como uma abelha a procura do néctar, vai de um material para outro sem manter a concentração – são tantas as possibilidades… E vai, gradativamente aprendendo a transitar pela livre escolha.

Do mesmo modo geralmente mostra-se maravilhado com as descobertas que pode fazer e se respeitamos seu tempo, segue em frente na construção de saberes e habilidades que o deixam cada vez mais feliz.

Numa classe de Ensino Fundamental a livre escolha tem outro desafio, todos precisam formar valores novos: há coisas que podemos escolher e há coisas que precisamos escolher, então é preciso estar atento para transitar por todas as áreas e mais uma vez emerge a atuação precisa da professora, provocando a reflexão sobre a vontade e a responsabilidade: nem sempre podemos fazer tudo o que temos vontade, mas sempre precisamos ter compromisso para levar a termo nossas responsabilidades.

E na sala, lá estão eles: os materiais de desenvolvimento, que levam pela mão cada criança para novas descobertas…

– Onde está a Torre Rosa? Ela bem que poderia estar aqui…

– Mas ela bem que está, sim! Olha o cubinho do um e o cubo do mil no Material Dourado.

– Ah! Mas eles já estavam na minha outra classe. Isto eu não fazia quando era da classe dos pequenos, agora sei dividir!

– Vamos brincar de Banco!

– Olha aqui o tabuleiro da centena!

– Nesta sala ela se chama Crivo, ele ensina os números primos e os números múltiplos, quer aprender?

– Pra que servem tantos cartõezinhos coloridos?

– Pra você aprender a escrever muito direitinho, você pode escolher uma cestinha com cartõezinhos azuis e juntar as palavras com as figuras, depois você pode copiar as palavras.

– No outro dia, pode formar frases com as palavras.

– No outro dia, pode separar as sílabas.

Nos outros dias, pode dar o plural, separar os substantivos femininos dos masculinos, colocar os artigos definidos ou indefinidos que combinem, atribuir adjetivos, classificar quanto ao número… e assim, a criança se desenvolve.

Material montessoriano de desenvolvimento é um “brinquedo” muito sério – é o instrumento de trabalho da criança na classe e é através dele que a criança aprende. Assim, um jogo, no qual as regras precisam ser bem estruturadas por professores capacitados capazes de fazer intervenções; leva a criança a usar cada vez mais o seu potencial.

Esse é o segredo: é a sala que ensina!

Desse modo, a sala tem tudo na medida para cada criança aprender o que quiser e o que precisa!

Por Marcia Righetti, diretora do projeto pedagógico da Aldeia Montessori e do Centro de Estudos Montessori do Rio de Janeiro, estuda sobre o Sistema Montessori desde 1978, especializou-se no Curso Internacional OMB- Seton Montessori Insitute, integra a comissão científica da Organização Montessori do Brasil, da qual  a Aldeia Montessori é uma das Sócias Fundadoras. Aprendente a cada dia...

As mãos das crianças são o caminho para descobrir o mundo.

“A terra é onde nossas raízes estão, as crianças devem ser ensinadas a sentir e viver em harmonia com a terra.”

– Maria Montessori

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A cada dia, cercada pelos estímulos da natureza a criança vai descobrindo as inter-relações entre os seres vivos, seu habitat, suas necessidades; assim, a verdadeira Ciência que se manifesta através da vida, em cada reino, na matéria e na energia.

Por isso, não há nada que possa substituir a sensação das mãos tocando a terra molhada ao cuidar do jardim, ao plantar uma mudinha de onze horas e cuidar todos os dias, para ter o prazer de vê-la florir; cuidar do peixinho no aquário da classe, sentir, pelo toque, o pelo macio do coelho ou a pele dura das tartarugas; observar muitos cantinhos a procura de bichinhos de jardim ou esperar pacientemente que a borboleta saia do casulo. Esses são momentos comuns numa escola Montessori.

Assim, são as mãos da criança que vão construir o significado de cada elo na teia do conhecimento científico.

Usando as mãos, o maravilhoso “presente” confiado a espécie humana, a criança explora o mundo, desenvolve seus poderes mentais, constrói–se e, se construindo, forma o adulto.

Nós somos, cada um de nós, como Montessori diz, “a criança da criança” que um dia fomos ou se você preferir o lirismo do poeta inglês  Wordsworth: “A criança é o pai do homem”.

Criança aprende tocando, fazendo, vivendo! A observação ativa o sistema sensório motor; as mãos exploram, descobrem, reconhecem. O tato ajuda a registrar as impressões, às quais imprime significado. Assim, a natureza é a primeira “fonte de estudo” que nutre a curiosidade natural da criança.

Primeiro amar o animais, amar as plantas, amar os minerais, encantar-se com as diferentes fontes de energia e logo depois estudar e aprender sobre cada um destes aspectos.

Primeiro descobrir-se como parte neste todo, descobrir-se responsável, agir  com responsabilidade: cuidar de plantinhas, alimentar animais, poupar água, aprender a usar a luz somente quando necessário; depois descobrir que isto é cuidar do planeta.

No processo de desenvolvimento do Currículo do Mundo para as crianças pequenas, que adotamos na Aldeia Montessori, as etapas do trabalho da criança vão sendo auxiliadas por materiais de desenvolvimento cuidadosamente preparados para ajudá-la a organizar as informações que vai construindo sobre o mundo.

Assim, o contato com o mundo real, a  observação da natureza e a vivência da cultura são o ponto de partida, estimulam a mente no esforço para nomear, classificar e entender.

Pouco a pouco o Cosmos vai sendo apresentado a criança em contatos sucessivos, cada dia mais significativos. Cada parte que compõe o todo vai aos poucos sendo descoberta!

Para as crianças pequenas, a abordagem cósmica será especialmente uma experiência de exploração sensorial e de movimento. Suas mãos vão tocando e desbravando o mundo.

Assim, nas atividades cotidianas, explora, observa, nomeia, compara, classifica; vai assim desenvolvendo o pensamento cientifico.

Montessori observou que as crianças pouco a pouco anseiam por ampliar seu horizontes e descobrir o mundo além de seus portões, um mundo maior, outras terras, outras gentes, o universo!

Querem ganhar maior independência dos seus pais, mostram um interesse crescente no comportamento dos seus pares, formando mini sociedades com suas regras próprias e hierarquias.

Assim, nesta idade, as crianças por volta do 6 ou 7 anos amam histórias com grandes feitos, admiram os super-heróis da vida e desenvolvem um profundo senso de moralidade e justiça.

O significado verdadeiro para essas crianças não mais reside no nome e no lugar onde está cada objeto. Elas querem saber “porque e como” cada coisa acontece.

Portanto, o que acontece é que no processo de adaptar-se, cada um quer encontrar onde é o seu próprio lugar: onde no tempo; onde no mundo; onde no cosmos. E como as crianças estão ingressando, aqui, na idade da imaginação, suas mentes podem conduzi-las através do tempo e do espaço.

É por isso que no período que se inicia por volta do 6 anos e vai até cerca de 12 anos, as crianças amam histórias com grandes feitos e foi isto que Maria Montessori comprovou.

Criou então “as grandes lições”, que provocam novas buscas e novas descobertas sobre o Universo, a Terra e a Humanidade, falam do surgimento do Universo, da energia e das transformações da matéria; da evolução da vida; das necessidades fundamentais do homem, de como o homem construiu a cultura e adaptou-se ao planeta Terra.

As grandes lições instigam à pesquisa pessoal e a realização de  experiências que desenvolvem também a construção de princípios nas diferentes vertentes das ciências; cada aluno envolve-se então em projetos pessoais que ampliam conhecimentos.

Mãos a obra para viver cada ciclo da Terra, que pode incluir na botânica o plantio de sementes na primavera e a colheita no outono; observar a  chuva que mostra o ciclo da água criar com sucata um rudimentar sistema de irrigação para os jardins da escola; observar o acasalamento dos pássaros, a ninhada que nasceu no galinheiro…

Descobrir, nas áreas verdes da escola ou da comunidade, em atraentes aulas passeio, muitos insetos, animais selvagens; fazer discussões a respeito das criaturas vivas e o seu lugar na natureza; a oportunidade de sentir mais de perto a cadeia alimentar e construir pouco a pouco o conhecimento sobre os diferentes ciclos da vida.

Comprovar os avanços tecnológicos e descobrir a responsabilidade que eles requerem do homem.

Em cada estação uma necessidade da vida humana, uma comprovação da vida do planeta.

Se chegarmos as classes de 12 a 15 anos, sucessivas descobertas ganham novos registros, as pesquisas tomam aqui um cunho científico mais formal.

Assim, a Ciência precisa ser foco de um estudo mais profundo e assumir seu papel  a serviço da humanidade, um laboratório é o centro de trabalho desta turma adolescente  que se encanta em desvendar os mistérios da vida e buscar soluções para melhorar condições da vida no planeta.

Assim, dos laboratórios para o mundo; e de novo as mãos levam para a terra o conhecimento que um dia nasceu ao cuidar de uma sementinha; ao alimentar um animal; ao fazer fogo atritando pedrinhas, como um dia, fizeram nosso antepassados.

“Não há descrição alguma, nenhuma imagem em qualquer livro que seja capaz de repor a visão de árvores reais, e tudo da vida que pode ser encontrado ao redor delas, numa floresta de verdade.”

– Maria Montessori

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Por Marcia Righetti, diretora do  projeto pedagógico da Aldeia Montessori, no Rio de Janeiro, para crianças de 4 meses a 11 anos, escola sócia- fundadora da Organização Montessori do Brasil; diretora do Centro de Estudos Montessori do Rio de Janeiro, dedicado a capacitação de profissionais para a prática do Sistema Montessori de Educação;  integrante  a comissão científica da Organização Montessori do Brasil.

Método Montessori: o futuro da educação que começou em 1907

O futuro da educação foi o tema da reportagem da Forbes, em 22 de janeiro de 2014. Essa revista americana já vem há algum tempo publicando interessantes matérias com foco na proposta pedagógica de Maria Montessori. Desta vez, a reportagem é de Pascal Emmanuel Gobry, escritor, fundador da Noosphere. INC, jornalista, palestrante no HEC Paris Business Scholl, certamente um profissional com visão e conhecimento suficiente para nos falar sobre a importância da formação escolar para o modelo social da atualidade e, quiçá, do futuro!

Ele vive em Paris, com sua mulher e filha e para Pascal, a fundação da 1ª Casa dei Bambini em 1907 por Maria Montessori é um marco no futuro da educação.
Além disso, em sua análise, ele aponta como o mais importante aspecto e o que torna realmente inovadora a Educação Montessoriana é trazer um método cientifico para a educação. Pois o que encontrávamos antes em todos os métodos de educação eram estudos que se baseavam num modelo abstrato da criança; a guisa do que os adultos desejavam que esta criança fosse…

Maria Montessori revoluciona a escola quando tem sua máxima educacional representada por frases que marcaram sua trajetória:

“Eu não inventei um método, eu apenas dei às crianças a oportunidade de viverem!”

“Seguir a criança…”

“Ajuda-me a fazer sozinho!”

Diz Pascal: “Maria Montessori, uma médica e pesquisadora, foi por outro caminho: ela experimentou com método e, com base nos resultados, construiu uma teoria sobre a criança, em que ela, em seguida, testou e aperfeiçoou através do experimento.”.

Assim, Maria Montessori traz, pela primeira vez, para o universo da escola a vontade da criança sendo observada como uma fonte para a diretriz do trabalho; para delinear um currículo que atenda à criança; para sugerir estratégias que atuam para motivar a aprendizagem da criança; com uma gama de diversidade que respeita a maneira de ser de cada uma. Além disso, mais tarde Gardner apresenta este conceito como a manifestação dos diferentes tipos de inteligência.

Segundo o jornalista (e este também é o meu ponto de vista), o sucesso do Sistema Montessori se mostra através de experiências de trabalho que se repetem nas salas de aula; Por meio de muitas escolas que se espalharam pelo mundo, através de diferentes culturas, após 10 anos da criação do sistema.

“É precisamente esta cultura de experimentação e de avaliação científica que falta no nosso sistema de ensino burocratizado e centralizado; em vez de qualquer método ou hábito específico. Enquanto isso, é por causa deste caráter científico da educação Montessori que se produz esses excelentes resultados, resultados que são validados de novo e de novo.”

O trabalho da Dra. Angeline Lillard, em 2008, com a publicação do livro “Montessori, a ciência por trás dos Gênios”;  mostra como a ciência mais recente ratifica as descobertas da Dr. Montessori.
Assim como as pesquisas da Dra Adele Diamond, neurocientista cognitivista, da Universidade  British Columbia – Vancouver, Canadá, que também apontam tais questões.

O que está acontecendo na neurociência moderna está convergindo com o que propõe Montessori. Assim, precisamos reconhecer que algo que temos feito desde a primeira escola Montessori é apropriado para o desenvolvimento da capacidade da criança no funcionamento das funções executivas e é isto que faz a diferença na ação da criança/adulto “Montessori”.

Adele Diamante enfatiza sobre as funções executivas, uma vez que estas são “habilidades integrais” que as crianças precisam para se desenvolver;  Ou seja, capacidade inibitória, capacidade de adaptação, auto confiança, iniciativa, entre outras.

Comprovadamente,  o ambiente preparado e as estratégias didáticas do Sistema Montessori têm como objetivo privilegiar o desenvolvimento das funções executivas; desenvolvendo assim, paralelamente, um currículo escolar que oportuniza eleger o conhecimento que se quer desenvolver em cada momento.

Numa escola Montessori autêntica, desde as classes dos pequeninos,  gradativamente as crianças exercitam assim, naturalmente, competências. Por exemplo, a organização, manejo do tempo, memória de trabalho, resposta inibitória, metacognição, auto regulação do afeto iniciação de tarefas, flexibilidade e persistência ao alvo.

Ou seja, este é o segredo da infância que Maria Montessori revelou: a capacidade de desenvolvimento da criança se revela quando o ambiente é propício e os educadores competentes; e é principalmente nos primeiros anos de vida que são desenvolvidas estas funções.

Em outras palavras…

O futuro da educação está aqui.
Não tem nada a ver com laptops.
Foi inventado mais de um século atrás.
O que estamos esperando?

Por Marcia Righetti, diretora do projeto pedagógico da Aldeia Montessori  e do Centro de Estudos Montessori do Rio de Janeiro.

10 princípios Montessori para usar com seu filho

Os pais sempre perguntam como caminhar lado a lado com a escola na educação de seus filhos.

Numa escola Montessori há alguns princípios fundamentais que aqui compartilhamos.

  1. “Seguir a criança”. Este é o princípio mais importante e deve seguir-se a criança em qualquer idade. Assim, devemos respeitar e honrar o interesse e a necessidade de cada uma de nossas crianças.
  2. Dar seu filho liberdade de explorar em espaços os fechados ou abertos da mesma forma, sempre que for seguro e utilize esta liberdade de maneira positiva.
  3. Dar a seu filho a oportunidade de usar as mãos tanto quanto seja possível. Seu filho deve estar exposto a todas as experiências concretas que tenham a ver com o uso de suas mãos para depois chegar a abstração de conceitos.
  4. Promover todas as possibilidades para que seu filho possa participar nas rotinas da casa: molhar as plantas, lavar a louça, arrumar brinquedos, organizar sua mochila, servir-se e comer apenas com a ajuda necessária, encher seu próprio copo  para beber água. E se for maior, pode responsabilizar-se por alguma tarefa da família.
  5. Estas oportunidades promovem a coordenação, a concentração, o sentido de ordem, a responsabilidade, a noção dos cuidados pelo bem estar comum, a independência e no aspecto cognitivo, preparam a mente matemática e apoiam o desenvolvimento da linguagem.
  6. Dispor de utensílios adequados ao tamanho da criança, objetos para pequenas mãos, quando são pequeninos. Guarde-os em local onde teu filho possa ter acesso, para que possa usá-los na medida da sua necessidade (copo, prato, talheres, pequenos recipientes para os biscoitinhos, jogo americano).
  7. Não interromper os “ciclos de trabalho” de seu filho – suas brincadeira ou jogos. Assim, você dá oportunidade dele ir construindo a períodos cada vez maiores de concentração.
  8. Mostrar-lhe “como”. Quando não souber como usar algo faça uma demonstração com sequencia de passos. Use movimentos lentos e precisos. Assim, a criança aprende e se desenvolve: pelo exemplo.
  9. Que o ambiente que o rodeia seja organizado e atrativo. A ordem externa promove a a ordem interna e o desenvolvimento da inteligência. Por isso, a organização externa torna-se importante para todos os processos: internos e externos.
  10. Quando for falar com seu filho aproxime-se dele, abaixe-se, mantenha o contato visual, fale num tom de voz apropriado. Em suma, quando as pessoas se olham nos olhos, a verdadeira comunicação se estabelece.
Lembre-se sempre do que diz Montessori: “Ajuda-me a fazer sozinho!”

Esta é a máxima que pode representar a essência do Sistema Montessori: ajudar a criança na medida certa. Deixá-la fazer sozinha o que é capaz. Segui-la e instigá-la a percorrer novos caminhos, apoiando quando for preciso, respeitando, assim, em cada um o seu próprio ritmo.

Conheça nossas unidades!

  I • MÉIER • Rua Dona Claudina, 316 • (21) 38997044

  II • MÉIER • Rua Dona Claudina, 365 • (21) 38997044

III • FREGUESIA, JACAREPAGUÁ • Rua Francisca Sales, 90 • (21) 24245384

Responsabilidade social é prática da Aldeia Montessori há 40 anos

Os compromissos da escola atual não se resumem apenas em gerar alunos capazes cognitivamente; ou a qualidade dos seus serviços. Isso porque uma escola precisa ser o celeiro de mudanças que podem tornar o mundo melhor; promovendo assim, construções que desenvolvam competências, habilidades e atitudes. Tudo isso em busca de fazer de cada um a cada dia, pessoas melhores!

Além disso, hoje, as avaliações das instituições são feitas pela imagem que projetam. Isso acontece pela transparência do seu trabalho; pelo cuidado que dispensam ao ambiente; pela adoção de valores éticos ou por sua atuação social.

Dessa forma, como uma tradicional escola de vanguarda, a Aldeia Montessori sempre optou por escolhas que marcam sua atitude comprometida com a responsabilidade social.

Por fim, são muitos os projetos que se fazem presente no cotidiano da Aldeia Montessori; marcando nossa responsabilidade social.

Aldeia Montessori e a responsabilidade social:

1- Aldeia Montessori cuidando do meio ambiente:

Nós, da Aldeia Montessori cuidamos do meio ambiente com práticas como uso de papel reciclado. Essa é uma escolha pelos cuidados com o meio ambiente. Além disso, fazemos uso de bolsas reutilizáveis no transporte de objetos pessoais.

2- Projeto Lixo Feliz

Esse projeto promove a educação para a coleta seletiva do lixo; reaproveitamento do lixo seco.

3- Gincana Beneficente

Realizamos anualmente para iniciar as comemorações da Semana da Criança; a Gincana Beneficente. Assim, com ela, buscamos despertar no aluno da Aldeia a compaixão e sua responsabilidade social com a população carente. Então, depois da gincana, distribuímos as doações a instituições das comunidades onde estamos inseridos.

4-Bolsas de estudos oferecidas pelo Centro de Estudos Montessori do Rio de Janeiro

Nosso Centro de Estudos é uma extensão da Aldeia Montessori. A bolsa é oferecida aos profissionais da escola e estendida a profissionais de instituições filantrópicas ou da rede pública.

5- Projeto Educação em Valores Humanos

O projeto é desenvolvido como escola pertencente à REDE PELA UNESCO; uma rede que congrega várias escolas em todo o mundo. Nesse sentido, a rede, unida por uma educação verdadeira e de qualidade; privilegia o desenvolvimento de estratégias que favorecem o exercício dos valores éticos universais. Assim, ela objetiva a construção de adultos competentes e em harmonia, que hajam em si próprios a mudança que desejam no mundo. Ou seja, cidadãos do mundo.

6-Trabalho voluntário junto à Organização Montessori do Brasil

Mantemos o trabalho voluntário ali desde a fundação da Organização Montessori do Brasil, como um dos sócios fundadores da instituição. Por fim, temos a participação da direção mantenedora e de elementos da equipe da escola em palestras; congressos e encontros de formação de professores na didática montessoriana.

7-Educação Alimentar

A educação alimentar é um projeto ao qual a Aldeia Montessori se dedica há 35 anos. Isso porque oferecemos uma alimentação balanceada; com uso de frutas naturais nos sucos e nos lanches. Assim, “Toda terça e toda quinta é dia de fruta” e “fritura não entra” são algumas das atitudes de educação alimentar que desenvolvemos em nosso cotidiano.

8- Participação no grupo Irmãos do Bem

Este grupo auxilia à Casa de Apoio à criança com câncer Santa Teresa. Em outras palavras, fazemos a ponte entre aqueles que querem ajudar o os que precisam de ajuda. Um trabalho voluntário de apoio logístico e organização de campanhas beneficentes.

Conheça os diferenciais de uma educação autêntica Montessori

Sergey Brin, Larry Marques, Jeff Bezos, Jummy Wales, Katherine Graham, Gabriel Garcia Marques, Peter Drucker …

Antes de mais nada, Você conhece esta turma?

Por que tantos empreendedores e gestores de sucesso da atualidade estudaram em escolas com o método pedagógico Montessori? A revista HSM Manageman publica reportagem que diz que esse pode ser um caminho para desenvolver as habilidades exigidas hoje e no futuro.

“A era digital exige novas competências, tanto individuais como coletivas e institucionais, e muitas delas não foram aprendidas nem desenvolvidas durante os anos de escola. Além de dominar uma disciplina, um idioma estrangeiro ou uma área produtiva, são exigidas capacidade de tomada de decisões, flexibilidade para trabalhar em qualquer lugar e momento, aptidão para decodificar as linguagens das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) e eficácia na comunicação de ideias.”

Estudos recentes se ocuparam de analisar essas habilidades, consideradas entre as mais relevantes em uma economia globalizada. Um deles, 21st Century Competencies and Their Impact, patrocinado pela Hewlett Fundation, apoiou-se em trabalhos acadêmicos oriundos de uma diversidade de disciplinas para identificar, além das habilidades, as competências do século 21 – e sintetizou-as em quatro:

Pensamento crítico e resolução de problemas; comunicação, liderança e colaboração; alfabetização digital e midiática; Criar, inovar e aprender a aprender.

Além das habilidades e competências, as pessoas precisam cultivar uma série de atitudes para se inserir com sucesso no mercado de trabalho, focadas no pertencimento a um grupo e na adaptabilidade para se mover em ambientes dinâmicos, nos quais um conhecimento se torna obsoleto rapidamente.

De que mentalidade necessitam indivíduos e organizações para dar conta de tudo isso e não ficar de fora das grandes rupturas desta era? E como desenvolvê-la?”

PEQUENAS APOSTAS NO DIFERENTE

Em seu artigo “The Montessori Mafia”, publicado no The Wall Street Journal em abril de 2011, o empreendedor, autor e consultor Peter Sims diz que “podemos mudar a maneira de como nos ensinaram a pensar”.

Essa afirmação é o argumento central de seu livro Little Bets: How Breakthrough Ideas Emerge from Small Discoveries (Ed. Free Press). Nesse livro, ele sustenta que as grandes ideias poucas vezes surgem instantaneamente, como resultado da inspiração de um gênio. Além disso, o habitual, explica, é que apareçam após um trabalho cotidiano sistemático e rigoroso de observação e descoberta.

Depois de pesquisar grandes inovadores atuais e do passado, o autor descobriu que os pensadores e realizadores criativos e produtivos geralmente praticam um conjunto de métodos experimentais; que são simples mas engenhosos. Que liberam sua mente das limitações impostas pelo sistema de ensino convencional (caracterizado pela ênfase nas habilidades de pensamento analíticas e na resolução linear de problemas). Desse modo, são preparados, assim, para estabelecer conexões criativas e alcançar resultados extraordinários.

Esse modo de pensar e agir é o coração da estratégia baseada em “pequenas apostas”; que Sims apresenta em seu livro e que constitui uma ferramenta fundamental para enfrentar os desafios do presente e do futuro.

A abordagem que recomenda consiste em realizar pequenas ações simples e concretas, com atitude positiva diante do fracasso; já que se trata de um enfoque que tem como base a tentativa e erro até chegar à descoberta e ao desenvolvimento de novas ideias.

MENTE ABERTA PARA A NOVA ERA

Em Little Bets, o autor questiona as habilidades transmitidas pelo sistema educacional dominante, voltadas para as competências do hemisfério esquerdo do cérebro. Ao mesmo tempo, os saberes dos alunos são avaliados com base na conquista de metas preestabelecidas, o que limita a criatividade e autonomia.

Nesse sentido, uma educação que fomente o desenvolvimento das competências do hemisfério direito, por sua vez – a iniciativa; a intuição; a descoberta; a dúvida e a aceitação do erro. Em síntese, tudo isso contribuiria para cultivar habilidades fundamentais para enfrentar as exigências profissionais do mundo atual. Este é o diferencial principal do Ensino Montessori.

Nesse sentido, Sims destaca os achados de Carol Dweck, professora de psicologia social na Stanford University; que revelou a capacidade de aprender mais com os contratempos do que outras. Dweck explica que essa diferença se deve a duas maneiras gerais de pensar no aprendizado e no fracasso; as quais define respectivamente como mentalidade rígida e mentalidade de crescimento.

Os indivíduos com mentalidade rígida pressupõem que suas capacidades e inteligência são estáticas, ou seja, um conjunto inato de talentos. Isso gera urgência para demonstrar continuamente seus conhecimentos e a percepção de que o fracasso pode ameaçar sua identidade. Essa, aliás, é a mentalidade que costuma surgir da educação convencional.


Ao contrário, aqueles que têm mentalidade de crescimento acreditam que é possível cultivar a inteligência e as capacidades – o que significa que todos podem ter acesso a elas –; e tendem a considerar os fracassos como oportunidades de crescimento – um diferencial da mentalidade comum.

Assim, estão dispostos a desafiar-se constantemente.
A mentalidade de crescimento, flexível, aberta a críticas e erros, tolerante a outras visões; é a que caracteriza os inovadores criativamente produtivos. E é a que melhor se encaixa no mundo atual, continuamente em mutação.

A ANTIEDUCAÇÃO

Ainda que se possa pensar que as pessoas se guiam por uma mentalidade flexível o fazem intuitivamente; existe um método de ensino alternativo. Datado do início do século 20, esse método se concentra mais na individualidade de quem aprende do que na padronização dos conteúdos oferecidos: o método Montessori.

Essa pedagogia – orientada principalmente a crianças de 2 anos e meio a 6 ou 7 anos –; foi criada em 1907 pela educadora e médica italiana Maria Montessori (1870-1952). 

Ela acreditava que as crianças tinham um interesse inerente e espontâneo pelo aprendizado e pela autodisciplina; o que logo diminuía ou se perdia por influência na educação convencional. Seu enfoque de ensino se baseia nesse espírito e promove um ambiente de aprendizado colaborativo e autoguiado. Nesse ambiente, os alunos soltam as rédeas de sua curiosidade e tomam iniciativas, um ambiente cheio de diferencial.

Assim, nas instituições que usam o método Montessori, não existem anos escolares, mas classes com crianças de várias idades; que escolhem a atividade que vão desenvolver entre uma gama de opções. É um modelo construtivista ou de descoberta, no qual os estudantes não são avaliados.

Eles aprendem conceitos por meio do trabalho com materiais criados especificamente para isso, e não por instrução direta. Assim, o papel do professor se assemelha ao de um supervisor e mentor, distante da figura habitual do professor expositor.

A pedagogia Montessori não só se expandiu pelo mundo todo em suas escolas como também influenciou projetos educativos inovadores. Um deles foi o projeto criado no Brasil com o aval da Semco, de Ricardo Semler.

Lumiar, experiência brasileira na vanguarda mundial. A empresa brasileira Semco dedica-se a diversos negócios, como fabricação de equipamentos industriais.

A Escola Infantil Lumiar trata-se de uma organização sem fins lucrativos que propõe uma metodologia de ensino interativa; na qual o conhecimento surge da produção de situações e da aplicação de ideias que estimulam a curiosidade; a observação e a criatividade das crianças.

Escolhida como uma das 12 instituições de ensino mais inovadoras do mundo segundo uma pesquisa realizada pela Unesco em parceria com a Stanford University e a Microsoft; a escola Lumiar não tem aulas tradicionais, mas espaços de aprendizado. Assim, nessas salas, crianças de diversas culturas, idades e origens sociais aprendem sem avaliações nem hierarquias. Tudo isso com base na formação de valores, centrada no respeito às diferenças.

Em suma, o objetivo é formar cidadãos responsáveis com competências sociais, intelectuais e culturais. Essas competências lhes permitam mover-se em um mundo em constante mudança e democrático. Seu conceito pedagógico por sí só já é um diferencial:

Seu conceito pedagógico se apoia no seguinte tripé:

1- Democracia – Sempre que possível, soluções são tomadas coletivamente.

2- Plano de estudos em “mosaico” (desestruturado) – Cada criança constrói o próprio processo de aprendizado. Nesse sentido, os estudantes escolhem os cursos e se encontram semanalmente para tomar decisões sobre todos os aspectos vinculados ao funcionamento da escola; incluindo disciplina e excursões. As atividades fazem parte de projetos específicos que estimulam a resolução de problemas e se desenvolvem com base nos interesses dos alunos.

3- Presença de dois tipos de educadores-chave – De um lado, o profissional; que cumpre o papel fundamental de guiar e acompanhar os estudantes. Ele é uma mescla de conselheiro, mentor e treinador; que monitora o estudante ao longo de sua vida escolar na instituição e interage com a família. De outro, o mestre, que organiza, coordena e assessora as crianças em seus projetos de aprendizado.

As três sedes em que a escola funciona hoje são mantidas pela Fundação Ralston-Semler; que o visionário CEO da Semco, Ricardo Semler, criou em 1990. Em essência, ele transferiu sua filosofia de gestão, baseada em democracia e “liderança por omissão”, para a educação.

SEMENTEIRA DE EMPREENDEDORES

Mas qual é a ligação entre um sistema inovador de educação infantil e as exigências do mundo dos negócios? A resposta vem das valiosas descobertas de uma pesquisa à qual Sims se refere em seu livro. Os professores Hal Gregersen, do Insead, e Jeffrey Dyer, da Brigham Young University, propuseram-se investigar a maneira de pensar das pessoas criativas do mundo empresarial.

Assim, depois de pesquisar mais de 3 mil executivos, entrevistar 500 pessoas que tinham iniciado companhias inovadoras ou inventado produtos e examinar os hábitos de líderes como Steve Jobs, Jeff Bezos e A. G. Lafley; descobriram que existe um conjunto de capacidades que distingue os inovadores. Dentre essas capacidades estão as de experimentar, observar, questionar e estabelecer redes com as mais diversas pessoas.

O diferencial desses líderes é que por trás de todas eles estão uma enorme curiosidade e uma inclinação constante para o aprendizado; a pesquisa e a observação do mundo e essas capacidades que podem ser desenvolvidas por qualquer um.

Nesse sentido, ao explorar os fatores que promovem tais capacidades inquisitivas; Gregersen e Dyer se questionaram por que o interesse das crianças pelo funcionamento do mundo se perde ao crescer.

Observaram que, em geral, ao chegar aos 6 anos e meio; elas param de perguntar porque aprendem que os professores valorizam mais as respostas corretas do que perguntas provocativas.

Descobriram, além disso, que muitos dos inovadores de seu estudo tinham frequentado escolas Montessori; onde desenvolveram a curiosidade e o espírito de descoberta.

É o caso dos cofundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page. Durante uma entrevista com a lendária jornalista norte-americana Barbara Walters, em 2004, quando a empresa abriu o capital; eles afirmaram que sua educação nessa pedagogia tinha influenciado demais seu sucesso. Mais ainda do que o fato de seus pais serem professores universitários.

Outros exemplos

Do mesmo modo, Jeff Bezos, fundador da Amazon, também estudou pelo método Montessori e a essa experiência ele atribuiu sua capacidade de desafiar e desafiar-se com perguntas como “Por que não?” e “O que aconteceria se…?”. Também fazem parte da lista: Jimmy Wales, fundador da Wikipedia; Katharine Graham, proprietária e diretora do The Washington Post na época do caso Watergate; Anne Frank, a menina judia vítima do nazismo que escreveu um diário comovente até ser descoberta e mandada para um campo de concentração; e Gabriel García Máquez, Prêmio Nobel de Literatura. (O caso de Peter Drucker, “pai” da gestão moderna, é controverso, já que não se sabe se ele realmente foi educado na pedagogia Montessori. Mas não resta dúvida sobre sua admiração explícita pela obra da educadora italiana.)

Assim, essas descobertas levaram Sims a suspeitar da existência de uma verdadeira “máfia Montessori” na elite de empreendedores criativos e a refletir sobre os enormes benefícios que essa pedagogia poderia oferecer a todo tipo de pessoas e organizações.

Afinal, segundo Andrew McAfee, pesquisador do Center for Digital Bussines do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e coautor de Race Against the Machine – ele mesmo aluno de escola Montessori -; “há desacordos sobre cada aspecto da política educacional norte-americana; com uma única exceção: todos acreditam que seria grandioso conseguir ensinar melhor os estudantes a inovar”. No post intitulado “Montessori builds innovators” do blog da Harvard Business Review, de julho de 2011, ele retoma o artigo de Sims e afirma:

“Até que me convençam do contrário, continuarei acreditando no método Montessori e recomendando-o aos pais. O mais importante que aprendi é que o mundo é um lugar interessante, que deve ser explorado. Existe base melhor para um inovador em formação?”

A EXPERIÊNCIA EDUCATIVA IDEAL DE UM JOVEM

Ao debate sobre que habilidades devem ser ensinadas nas escolas de agora em diante, e em sintonia com a pedagogia Montessori; acrescenta-se a voz do jovem norte-americano Nikhil Goyal, estudante do último ano do ensino médio na Syosset High School. Ele não só dá conferências em vários países, como já escreveu um livro: One Size Does Not Fit All: A Student’s Assessmente of School (ed. Bravura Books).

A princípio, entre outras coisas, Goyal rejeita o modelo de educação atual, que adjetiva de irrelevante e rotineiro (para não dizer entediante); e propõe um sistema de avaliação com a participação dos alunos.

A REESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL SEGUNDO GOYAL

Em uma reportagem publicada no site Forbes.com em maio de 2012, a jornalista Erica Swallow, depois de listar e analisar as contribuições de Goyal; pergunta-se se um jovem de 17 anos poderá salvar o sistema de ensino dos Estados Unidos, listando e analisando suas contribuições. No livro, Goyal sugere a reestruturação do sistema desenhando um retrato da experiência educativa ideal. Entre as mudanças necessárias para ele estão:

– Primeiramente, abolir as qualificações e graus padronizados, substituindo-os por avaliações de desempenho mais abrangentes.

– Reinventar a sala de aula para reunir os alunos por capacidade (não por idade); ensinar por meio de experiências em vez de aulas magistrais e incorporar habilidades para o século 21, as quais identifica como: pensamento crítico; pensamento criativo; colaboração; comunicação; curiosidade; assunção de riscos e atitude diante do fracasso.

– Transformar a docência, pagando mais aos educadores e acabando com a “caça às bruxas” que começou com a avaliação dos professores com base no desempenho de seus alunos nas provas.

Brilhante e apaixonado, Goyal conclui, portanto, dizendo que da infância à idade adulta deveríamos sentir alegria quando aprendemos. Deveríamos também procurar oportunidades para debater e questionar o mundo que nos rodeia. Diferentemente dos alunos de hoje, que, ao terminar o ensino médio, só aprendem a pensar como todo mundo, segundo ele.

Aldeia Montessori

Você sabe o que uma classe Montessori oferece?

Um currículo pré-escolar se destina a desenvolver habilidades para melhorar nas crianças o desenvolvimento das funções executivas. Isso é o que a doutora em neurociência cognitiva canadense Adele Diamond vem comprovando.

Nesse sentido, por meio de seu trabalho, ela nos diz que o uso destas habilidades funciona melhor que o QI, antes tão privilegiado como ingrediente do sucesso profissional.

As funções executivas referem-se à capacidade de autocontrole, disciplina, flexibilidade, criatividade. Além disso, indivíduos com altos níveis de funções executivas têm aumentado período de concentração e de memória de trabalho. Portanto, eles são capazes de resolver problemas complexos através da implementação do raciocínio e bons conhecimentos de planejamento, raramente se deixando levar por impulsividade ou falta de persistência.

E a classe Montessori?

O desenvolvimento destas habilidades é privilegiado em uma classe Montessori; isso porque esse é um ambiente estruturado de maneira que a criança viva situações de exercitar seu autocontrole ao precisar esperar pelo uso de um material.

No cotidiano é comum observarmos uma criança “planejar“ o uso de determinado material depois que o amigo acabar de usar.

Por fim, por escolher livremente sua tarefa e no uso do material de diferentes maneiras, a criatividade e a flexibilidade são exercitadas neste ambiente rico de descobertas que é uma classe Montessori.

Por fim, é possível dizer notável no ambiente típico de uma escola Montessori autentica a presença dos instrumentos de trabalho conhecidos como “materiais de desenvolvimento”; mas estes, na verdade, vão além do só permitir a construção de conhecimentos, pois permitem exercícios de formação interior que se manifestam melhor uso das funções executivas.

Bibliografia:

Diamond, Adele e Lee, Kathleen – Science, 2011, 959/964

Que tal nos fazer uma visita? Temos 3 unidades:

 I • MÉIER • Rua Dona Claudina, 316 • (21) 38997044

 II • MÉIER • Rua Dona Claudina, 365 • (21) 38997044

 III • FREGUESIA, JACAREPAGUÁ • Rua Francisca Sales, 90 • (21) 24245384

Nutrindo a curiosidade das crianças: algumas dicas para os pais

Nutrir a curiosidade das crianças é um dos pontos chave da aprendizagem, porque abre os olhos para o mundo e faz a vontade de aprender crescer dentro da cada um.

Nesse sentido, pais e mães são sem duvida os maiores responsáveis por nutrir a curiosidade de seus filhos. Afinal, é na maneira como apresentam o mundo aos filhos que sedimentam as raízes do conhecimento que as crianças vão pouco a pouco desenvolvendo.

Seja cuidadoso para escolher seu programa de final de semana com as crianças e pelo menos uma vez ao mês, reserve um espaço para que seu filho seja apresentado a cultura local.

Dessa forma, nós da Aldeia Montessori separamos algumas dicas para toda a família aprender e curtir!

MUSEU DE ARTE NAIF

Aos pés do Corcovado, um lugar maravilhoso e um acervo incrível: 

Estreia no dia 12 de outubro uma nova modalidade de visita: Arte Naïf em cinco sentidos. A ideia é proporcionar aos pequenos visitantes uma apreciação das obras utilizando não apenas a visão, mas também o tato, o olfato, o paladar e a audição. Por isso, as arte-educadoras do museu prepararam um roteiro que percorrerá cinco exposições do MIAN com dinâmicas, jogos e brincadeiras que instiguem e estimulem diferentes sensações e percepções das crianças.

Por fim, para completar o programa, o Da Cozinha Café apresenta um cardápio de lanches feitos com produtos orgânicos, atraentes para o paladar de adultos e crianças.

Portanto, traga seus filhos, sobrinhos, netos, afilhados para uma visita especial no museu. Participe!

Serviço:
Endereço: Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil – Rua Cosme Velho, 561 – Cosme Velho
Data: 12 de outubro, sábado
Horário: 16h às 17h30
Classificação: a partir de 3 anos
Capacidade: 20 crianças
Ingresso: R$10,00 por criança + 01 acompanhante (se houver mais acompanhantes eles pagam ingresso normal R$12,00/R$6,00)
Inscrições antecipadas: Tel.: 2205-861

JARDIM BOTÂNICO

Arboreto

O arboreto científico (parque) está aberto aos visitantes de segunda a domingo, durante todos os dias do ano, excetuando-se 25 de dezembro, 1 de janeiro e mais alguns momentos específicos de horários adotados pela Presidência do Instituto, portanto, é possível aproveitar o espaço quase sempre. Essa visita ao local irá, antes de mais nada, proporcionar contato com a natureza e pode tornar-se um prato cheio para quem gosta de locais bonitos e ao ar livre.

Todavia, é necessário atentar-se aos horários de funcionamento: o horário normal de visitação é das 8h às 17h, com prorrogação de uma hora para o fechamento das bilheterias no período de horário de verão. Para mais informações, ligue para o Centro de Visitantes – Telefone: +55 (21) 3874-1808 / 3874-1214

Preço Ingressos:
R$ 6,00 – Individual
Gratuidade para:
Crianças até 7 anos
Adultos a partir de 60 anos, residentes no Brasil ou em outros países que fazem parte do Mercosul.

Acessos pelas ruas:

Museu do Meio Ambiente

Anexo ao Jardim Botânico, o Museu do Meio Ambiente é uma atração a parte. Por isso, não deixe de passar por ali e conferir tudo do local!

O Museu está aberto de terça a domingo, das 9h às 17h.

A entrada é gratuita.
Informações: (21) 2294-6619

Ilha Fiscal, lembranças do tempo do império. 

Antes de mais nada, você sabia que a Ilha Fiscal foi transferida para a Marinha pelo Ministério da Fazenda, em 1914? Assim, a Ilha é hoje parte do Complexo Cultural do Serviço de Documentação da Marinha.

Além disso, este foi o cenário do evento que ficou conhecido como “O Último Baile do Império”, realizado alguns dias antes da Proclamação da República, a Ilha Fiscal continua sendo um elo entre o presente e o passado. Décadas se passaram ao passo que o castelinho, que testemunhou tantos fatos históricos, é hoje uma das principais atrações turísticas do Rio de Janeiro.

No castelo, aberto à visitação, destacam-se o Torreão e a Ala do Cerimonial. Além disso, três exposições permanentes também são atração no Castelinho: A História da Ilha FiscalA Contribuição Social da Marinha e A Contribuição Científica da Marinha.

O acesso à Ilha Fiscal normalmente é feito pela escuna Nogueira da Gama. Contudo, quando a escuna está em manutenção ou em caso de mau tempo, o acesso é feito por micro-ônibus.

Venha conhecer este símbolo dos últimos dias do Império e aproveite o passeio!

INFORMAÇÕES

Saídas: Espaço Cultural da Marinha, Av. Alfredo Agache s/n, próximo à Praça XV, Centro, RJ.

Visitação: de 5a feira a domingo.

Horários: 12h30, 14h e 15h30.

Obs: O embarque iniciará 15 minutos antes do horário da saída da embarcação.

Venda de ingressos: Somente nos dias de passeio das 11h às 16h.

Local: Espaço Cultural da Marinha.

Valores: R$ 20,00 – adultos/ R$ 10,00 – estudantes, crianças até 12 anos e adultos com mais de 60 anos.